Devastação.
terça-feira, 20 / março / 2007 at 3:45 pm 21 comentários
E aí, acontecem todos os clichês da literatura ruim. O chão foge sob seus pés, o mundo gira como carrossel, o céu desaba spbre sua cabeça. Pra completar o chavão, a única vontade que você tem é de chorar até derreter.
A dor é imensa, imensa. E eu sei que vocês são pessoas legais, e se preocupam comigo, então eu já adianto: eu sei que vai passar, eu sei que vai melhorar, eu sei que eu vou amar novamente. Não digam pra eu ficar bem, tá? Eu vou ficar. Talvez daqui a uns dias eu fique bem.
Sei lá. Quem quiser comentar alguma coisa de conforto, pode dar umas dicas de filmes com final feliz e meio bem triste, pra eu chorar muito e rir no final. Ou então rezar. Ou então torcer pra que as pessoas que se amam sempre encontrem solução pra problemas difíceis de resolver. Ou sei lá, desenhar um coração na areia. Eu ando precisando de um pouco de fé e muito cafuné.
Não vou abandonar o blog, apesar de 65% do que escrevi aqui ser sobre ele. Acho que eu ainda sei escrever sobre outras coisas. Ou talvez eu possa continuar escrevendo sobre ele, afinal, não estamos brigados, em pacto de silêncio ou rompidos. Quer dizer, um namoro é apenas um aspecto do nosso relacionamento, que sempre foi imenso, bonito, corajoso e suave.
Talvez eu é que não seja tão corajosa, e fiquei esperando ele vir me dizer o inevitável. E também é horrível que o fim tenha sido pelo MSN, mas o DDD anda tão caro. E chorar na frente do monitor é muito solitário.
E eu chorei tanto, que deu vontade até de morrer. Mas vontade besta passa logo. Talvez eu devesse tomar um sorvete ou… ou esperar os dias passarem e levarem essa dor junto.
No mais, I will survive. Tem um coração despedaçado e se sentindo culpado aqui por trás do monitor, mas a dor é curta, e a vida é eterna, infinita, e muito, muito boa de se viver.
Eu volto, quando a vontade de escrever vier. E se tem algo que eu conheço sobre mim mesma, é que eu escrevo muito melhor quando estou triste.
P.S.: Menino, as pessoas são legais e dignas de confiança. E você é um cavaleiro andante, cheio de honra.
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1. Fernanda | terça-feira, 20 / março / 2007 às 5:07 pm
eu sei exatamente como vc está se sentindo. irônico isso, mas sei.
eu quis morrer, e nada, nada mesmo descia a minha garganta. Tão real que 5 quilos reais foram embora em trêz dias.
Chorei e rezei e chinguei e fiz complo e chorei.
A única constante nisso tudo, é que eu chorei.
Não posso falar a respeito de seu relacionamento ou da pessoa que ele é ou era pra vc, mas uma coisa eu sei, vc’s passaram maus bocados pra continuar juntos.
Juntos – separados. Que ironia, né?
Eu aprendi que, sem perspectiva, não dá.
A gente perdoa qualquer coisa, a gente aguenta qualquer coisa, inclusive a crise mais caótica de ciume, a pessoa mais impertinente atrapalhando, mas uma coisa tem de existir: perspectiva.
Por amor, estou em Manaus.
Pq?
Pq sabia que meu amor valia qualquer coisa, e, pq sabia que dentro daquele cara grandão tinha algo pelo qual valeria a pena eu lutar.
chora muito.
Mas reza tb.
e se tiver algo dentro dele pelo qual ainda vale a pena vc lutar, algo que vc sabe que ainda é seu, não perde tempo.
2. Vivien | terça-feira, 20 / março / 2007 às 5:37 pm
Minha querida, vou te responder com cliche…mas é um cliche que tb digo pra mim mesma, agora: vai passar.
Mas a merda é que até passar, dói pra burro, né?
Vc vai ficar bem, um grande beijo, na torcida pra que seu baixo astral passe rápido e seja reconfortado por um delicioso novo amor.
3. Wagner | terça-feira, 20 / março / 2007 às 6:04 pm
Tudo vai dar certo. De um jeito ou de outro, tudo melhora.
Levo também a minha própria dor, que sei que passa. E levo nos olhos a lembrança dos seus.
4. Arnaldo | terça-feira, 20 / março / 2007 às 6:30 pm
Não me dou bem com clichês e muito menos com palavras de conforto. Aliás, sempre que eu tento dizê-las, faço alguma bobagem. Herança do meu pai, que foi capaz de, pressionado a ir cumprimentar uma viúva num velório, deu parabéns à chorosa senhora.
De qualquer forma, fico feliz em te ler de novo e embora saiba que isso não serve de consolo, é justamente os outros 35% dos teus textos os que eu mais gosto.
5. Patrícia Köhler | terça-feira, 20 / março / 2007 às 8:02 pm
Eva, tudo passa. Alegrias, tristezas, amores, rancores, tudo.
Muita força pra você e pro seu menino.
Vou te mandar um poema por e-mail. E dicas de filmes assim, com meios tristes mas finais felizes. 😉
6. Marília | terça-feira, 20 / março / 2007 às 8:16 pm
Acho que não tem consolo nesses momentos… posso te desejar força, muita força para seguir adiante! 😉
7. Mamy | terça-feira, 20 / março / 2007 às 10:18 pm
Ah, minha linda… ah, meu lindo… choro também…
8. Clélia Riquino | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 9:18 am
Soneto de separação
Vinícius de Moraes
De repente, do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente, da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente,
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
9. Clélia Riquino | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 9:28 am
Abandono
Edu Lobo & Chico Buarque/1987-1988
O que será ser só
Quando outro dia amanhecer?
Será recomeçar
Será ser livre sem querer?
O que será ser moça
E ter vergonha de viver?
Ter corpo pra dançar
E não ter onde me esconder
Tentar cobrir meus olhos
Pra minh’alma ninguém ver
Eu toda a minha vida
Soube só lhe pertencer
O que será ser sua sem você?
Como será ser nua em noite de luar?
Ser aluada, louca
Até você voltar
Pra que?
O que será ser só
Quando outro dia amanhecer?
Será recomeçar
Será ser livre sem querer?
Quem vai secar meu pranto?
Eu gosto tanto de você
obs.: as interrogações são minhas, nem sei se estão certas…
10. Srta. Bia | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 9:50 am
pois é, estou deixando aqui um abraço para você.
muita gente que passar por aqui vai saber um pouquinho como você se sente. eu terminei um namoro ano passado, os posts de setembro de 2005, até outubro talvez falam muito dessa coisa estranha e com unhas compridas que arranca algo de nosso coração.
bom saber que vocês continuam amigos, bom saber que você sabe que tudo vai ficar bem. mas é meio chato quando se sabe que se escreve melhor quando se está triste, não devia ser assim. bjos.
11. Fabíola | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 10:56 am
Minha menina… tomara que o ‘correio’ tenha atrasado e vá entregar os abraços que você encomendeu lá no eraumaveis só agora. Porque nessa hora, minha caríssima amiga, não há nada que possamos fazer. Só o tempo cura… E esse cara, o tempo, tem seu próprio ritmo dentro de cada um de nós. Força e paciência é o que te desejo para esse momento. Amor… esse eu não preciso desejar porque você já tem de monte, viu!
Vou tentar escrever uma música que sempre lembro quando algo assim acontece: “batidas na porta da frente, é o tempo/ eu perco um pouquinho pra ter argumento/ mas fico sem jeito, calada… ele ri/ ele zomba do quanto eu chorei/ porque sabe passar e eu não sei/ … / respondo que ele aprisiona e eu liberto/ que ele adormece as paixões e eu desperto/ e o tempo se rói com inveja de mim/ me vigia querendo aprender/ como eu morro de amor pra tentar reviver/ no fundo é uma eterna criança/ que não soube amadurecer/ eu posso e ele não vai poder… me esquecer” (Nana Caymi)
Fica bem minha linda. E nunca esqueça que meu ombro está sempre à disposição 😉 Bisous!!
12. Lucia Malla | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 11:39 am
Tem um filme q eu sempre assisto quando estou triste, pq ele me traz uma outra dimensão do valor dos amigos em momentos difíceis: “The Shawshank Redemption” (acho q chama “Um grito de liberdade” em português). Espero q dê um sorriso de emoção alegre no final.
E precisando de um ombro, não se acanhe de pedir. 🙂
Beijos.
13. Luciana | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 3:32 pm
Eu não sei o que comentar não, Eva. Mas doeu aqui… Fiquei sem entender nada, entendendo muito… 😦
14. Adriana | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 3:56 pm
Eva, creio que estas palavras tem muito de verdade, mas as vezes me peergunto se sendo humanas, somos capazes de fazer que elas sejam reais em nossas vidas…Boa sorte…e chore muito…e viva um dia de cada vez como se fosse unica…
“Amo minha liberdade e deixo livre as coisas que amo, se voltarem é
porque também me amam, se não voltarem é porque nunca as conquistei.”
um abraço carinhosos cheio de energia para voce do outro lado do oceano
15. Srta. Bia | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 5:30 pm
o filme que a lúcia maila está indicando chama-se “um sonho de liberdade”.
16. Alexandre de Sousa | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 7:22 pm
Pode chorar… chore tudo e depois volte…
Atendendo ao pedido: chore mesmo, pois não vai passar, não vai melhorar, e não, vc não vai amar novamente.
Triste né? Já que não tem jeito, volte assim mesmo.
17. Menina G. | quarta-feira, 21 / março / 2007 às 10:38 pm
Mesmo comentando de vez em nunca eu sempre leio seus textos. Enfrentei um ponto final há pouco tempo, mas de uma relação que igualmente era muito grande para ser um ponto final em todos os aspectos. Restou o respeito, o carinho absurdo e uma amizade e cumplicidade que continuam ajudando a preencher o vazio que ele mesmo deixou. E antes que esperasse tive forças e motivos pra largar as lágrimas e sorrir, sorrir muito. Desejo a você a mesma sorte!
Força!
18. Poeta Matemático | quinta-feira, 22 / março / 2007 às 8:41 am
Ahn…
Bueno, no sei que passa,
Mas relaxa, mujer,que na vida é tudo assim meio trágico mesmo..
Especialmente qdo nao é comico….
Beijos
19. Tamia | quinta-feira, 22 / março / 2007 às 7:36 pm
😦 passa, mas doi.
😦 não mata, mas moi.
é a vida, é verdade, mas amanhã o sol nasce outra vez!
20. Carolina | sexta-feira, 23 / março / 2007 às 7:01 am
Eva, achei o seu blog pora acaso, em uma busca “besta” no google, e fiquei surpresa com tantas coisas interessantes, com tanta poesia e sentimento. Coisas totalmente perdidas na vida que levamos hoje, tão corrida, tão cansada, estressante, etc, etc, etc. Adorei os seus textos e você me parece ser uma pessoa doce, intensa, apaixonada pela vida, pelas pessoas e com fé. Fé na vida, fé no homem, fé no que virá. E como diz ainda Gonzaguinha – nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será.
Fique com Deus, que Ele guarde os seus caminhos e o seu coração.
Beijo.
21. tati perolada | terça-feira, 27 / março / 2007 às 8:36 pm
ai, guria, que fueda. sinto muito, mesmo.
só posso dizer pra você chorar, chorar muito, se arrebenta, põe pra fora.
mas fixa um prazo pra isso ser assim descontrolado, tipo duas semanas de luto.
depois de duas semanas, respira fundo, tira o cabelo do olho, sobe no salto e se ajude a passar. porque a dor passa, sabe? o que fica no lugar é aquela cicatriz que reclama quando chove, mas a dor passa.
beijos, muitos.